No desenrolar dos últimos dias, aproveitando as férias escolares, estava eu a pensar sobre a existência, o sentido da vida, de ser, estar e viver aqui/neste espaço. Quantas vezes essas e tantas outras perguntas ocupam nossa mente? Será que temos/buscamos/organizamos tempo para dialogar acerca disso?
De onde vim? Porque estou aqui? Para onde vou? O que a aurora pode representar e significar para a mudança na vida cotidiana? São questionamentos que muitas vezes ficam praticamente esquecidos perante um ambiente imposto por tantas regras e valores voltados ao sistema capitalista, consumista e egocêntrico.
A vida é dádiva, presente, oportunidade. Renascer a cada dia dando o melhor de nós, fazendo o bem ao próximo e ao planeta é transcender limites, é sentir o sabor do viver, é possibilitar espaços de vivência com humildade, respeito, amor, diálogo, alteridade, é tornar-se mais humano.
Enquanto educadora, sei que muitos colegas/amigos/profissionais ainda costumam dizer que é tarefa do Ensino Religioso dialogar sobre o sentido da vida bem como os valores humanos essenciais para uma boa convivência. Porém, abordar o humano enquanto pessoa/cidadão/integrante do planeta e suas relações sociais com os demais seres vivos é incumbência não apenas desta disciplina, mas de todas as áreas do conhecimento que integram e/ou compõe o currículo escolar.
Mais que espaços de saberes, aprendizados, oportunidades, interações e socializações, as diferentes áreas do conhecimento precisam manter acessa a chama da coexistência, do respeito a cada ser que faz/integra o universo, para que o conhecimento produzido e adquirido seja em prol da humanidade e não concebido como forma de poder, manipulação e opressão aos demais seres.
A ânsia de aprender, conhecer, elaborar e produzir os múltiplos conhecimentos é, sem dúvidas, a base das instituições escolares, mas não podemos esquecer que é com os semelhantes que aprendemos, tecemos saberes, interagimos, socializamos e construímos nossa existência, por isso cada um(a) tem algo a nos ensinar e partilhar, em especial, nossos estudantes.
Mas, essas são apenas algumas ideias desta leitora/educadora que, antes de tudo, acredita e luta por dias e vivências melhores. Enfim, 2014 acaba de nascer e com ele esse desejo intenso de espalhar para a humanidade sementes de esperança que façam a diferença! Estejamos juntos nessa caminhada!!!
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